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Quando
eu era um estudante jovem da Ciência Cristã, estava muito entusiasmado
em compartilhá-la com os outros, até com estranhos.
Há uns 30 anos atrás, num dia de primavera, caminhava no lado leste de Manhattan, rumo ao meu escritório. Quando estava na frente das Nações Unidas, vi um homem, que parecia deprimido, sentado em um banco. Aproximei-me dele e lhe ofereci um Sentinel,
que é uma revista publicada pela Sociedade da Editora da Ciência
Cristã. Ele a rejeitou tão firmemente que fiquei atordoado e
afastei-me dele rapidamente, um pouco envergonhado.
Mais
tarde, quando eu estava caminhando de volta à minha casa pela Primeira
Avenida, dois homens se aproximaram de mim e me pediram um dólar. Eram dois mendigos. Eu lhes disse: “Sinto muito, mas não tenho dinheiro”. Ambos riram e um disse: “Olha só, você com esse terno elegante e uma pasta e não tem dinheiro!”. Tentei caminhar mais depressa, mas eles me
acompanhavam passo a passo. Um deles até fez um comentário sobre a
minha gordura, que estava bem apertada na minha camisa azul: “Olha esse
barrigão azul!”.
Nada que eu dissesse os fazia ir embora. De repente, um deles tirou uma faca do bolso e pressionou a ponta contra meu abdômen, meu barrigão azul! Um carro da polícia passou a três metros de nós, mas os policiais pareciam perdidos em seus pensamentos. Percebi
que se eu gritasse por ajuda, o homem com a faca poderia entrar em
pânico e apunhalar-me. Decidi rapidamente que a prece seria a minha
única esperança.
Fechei meus olhos e lembrei que Deus é todo bom e o único poder e presença. Aqueles homens e eu somos filhos perfeitos dEle. O mal não pode existir nesse universo cheio apenas de Deus e Seus filhos. Imediatamente, o homem colocou a faca no bolso, enquanto o outro girou freneticamente gritando palavrões. Foi então que a tensão se desvaneceu e a tranqüilidade prevaleceu.
O homem que estava com a faca no bolso me perguntou se eu era psiquiatra, talvez porque haja muitos hospitais naquela área. Respondi que não e que era Cientista Cristão. Então
de repente, ele começou a citar a exposição científica relativa ao ser,
da página 468 do livro “Ciência e Saúde”, de Mary Baker Eddy. A ordem das palavras estava misturada e pedi
que parasse para que pudéssemos dizê-las juntos e corretamente: “Não há
vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo…” Ao pronunciarmos estas palavras, o outro homem ficou paralisado, de queixo caído. Perguntei
ao homem com a faca onde ele havia aprendido a Exposição Científica e
ele me respondeu que foi quando havia estado na prisão, com um
conselheiro da Ciência Cristã.
Depois disso me senti completamente sem medo. Todos nós sorrimos e eu me apresentei a eles. Dei uma nota de um dólar e um exemplar da Sentinel a cada um deles. Para terminar com qualquer resquício de medo, lhes disse que eu caminhava por ali todos os dias àquela hora. Nos despedimos como velhos amigos.
Eu nunca os vi novamente, mas tenho que admitir que esse encontro mexeu comigo profundamente e acredito que com eles também. Meu desejo em compartilhar a Ciência Cristã com os outros acabou acontecendo de uma forma inesperada. Nós três buscávamos pela luz e, felizmente, a encontramos.
Meus amigos me perguntam por que eu continuo relembrando essa cura, ao falar e explorar seus aspectos. Acho que é por que esse acontecimento
representa o momento em que a minha nova religião tornou-se real para
mim e o seu poder foi liberado em minha vida.
Realmente
eu não acredito que seja demais dizer que o efeito dessa cura em minha
vida tenha sido similar ao que a Sra. Eddy vivenciou, quando ela estava
morrendo por ter sofrido uma queda no gelo. Toda esperança parecia perdida quando os seus médicos anunciaram que nada mais poderia ser feito. Em sua agonia, ela se virou a Deus com total devoção e foi curada imediatamente. Aqui estão algumas de suas palavras descrevendo esse acontecimento:
“O mundo estava escuro. Os sentidos não podiam predizer o nascer do sol ou a luz das estrelas. Assim foi quando o momento chegou, da união do coração com uma existência mais espiritual. Quando a porta se abriu, eu estava esperando e observando; e, pasmem, o noivo chegou! A natureza do Cristo estava iluminada pelas tochas da meia-noite do Espírito.
Meu coração conheceu o seu Redentor.” – Retrospecção e Introspecção, página 23.